O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviários Interestaduais (Setrans), Remídio Monai, informou que a relação entre Brasil e Guiana é boa, mas que não há previsão do firmamento do acordo de transporte e passageiros de carga. Apesar disso, garantiu que falta somente a decisão entre as seguradoras dos países para a regulamentação do comércio exterior.
A atualização da relação entre Brasil e Guiana foi dada no programa Agenda da Semana da rádio Folha FM 100.3. De acordo com Monai, há 20 anos, o acordo está no papel e, recentemente, não foi assinado por um impasse sobre a segurança no transporte e comércio entre os países.
“Praticamente está emperrado somente no seguro. […] Veio a seguradora da Guiana, veio a seguradora do Brasil, sentaram mas não chegaram a um acordo porque o valor da seguradora da Guiana é muito pequeno em relação ao nosso. É um valor quase insignificante. […] E o valor que o Brasil queria colocar era muito alto. Então ficaram de continuar a discussão desse assunto e não chegaram a um acordo”, informou.
Segundo o presidente, para tentar solucionar a questão, o Brasil fez uma proposta de garantir seguro nos dois territórios, mas que está em análise no governo Guianense. “O restante já está tudo acordado, questão aduaneira, sanitária”.
Monai conta que, atualmente, o comércio é realizado quando empresários vão ao país inglês, negociam e pedem aprovação da alfândega. O negócio seria aprovado pelo Estado guianense porque beneficiaria o local. No entanto, o modo pode gerar dor de cabeça aos empreendedores roraimenses.
“A parceria com os empresários que vão lá e conseguem é uma excepcionalidade para fazer o comércio. Quando é de lá para cá [Roraima], a Receita Federal simplesmente não permite e pronto, porque não regulamentou ainda”.
O estreitamento entre Brasil e Guiana possibilitaria a regularização de transporte de carga e comércio para os dois lados. O impasse só perdura porque, para o presidente do Setrans, o acordo parece não ser proveitoso para o Governo Federal.