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Presidente russo renuncia a direito de usar forças militares na Ucrânia

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O presidente russo, Vladimir Putin, pediu à Câmara Alta do Parlamento da Rússia nesta terça-feira que revogue o direito que lhe concedeu de ordenar uma intervenção militar na Ucrânia em defesa da população que fala russo no leste ucraniano.

Minutos antes de Putin falar, Kiev disse que rebeldes pró-Rússia derrubaram um helicóptero militar, provavelmente matando todas as nove pessoas a bordo. Foi a mais séria violação da trégua temporária acordada nas conversas entre governo e rebeldes menos de 24 horas antes.

O gesto de Putin foi calorosamente recebido no Ocidente como sinal de que Moscou está disposto a ajudar a arquitetar um acordo no leste da Ucrânia, onde uma rebelião pró-Rússia contra Kiev começou em abril.

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O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, chamou a manobra de “primeiro passo prático” depois da declaração de apoio de Putin no fim de semana passado ao plano de paz de Poroshenko para o leste conflagrado.

Mas o próprio líder russo disse esperar agora que a Ucrânia inicie conversas sobre a salvaguarda dos direitos da minoria falante de russo que a Rússia continuaria a defender.

“Não basta anunciar um cessar-fogo”, afirmou ele a repórteres em uma visita a Viena, na Áustria. “Uma discussão substantiva sobre a essência do problema é crucial.”

Na resolução de 1º de março, o Conselho da Federação havia concedido a Putin o direito de “usar as Forças Armadas da Federação Russa no território da Ucrânia até a situação social e política no país se normalizar”.

A resolução, assim como a anexação russa da Crimeia, uma península da Ucrânia, levaram as relações entre Ocidente e Oriente ao seu pior momento desde o fim da Guerra Fria, e os Estados Unidos e a Europa a aplicarem sanções contra Moscou.

O Conselho da Federação deve discutir a anulação da resolução na quarta-feira e aprovar a proposta.

A porta-voz da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Oana Lungescu, declarou: “Esperamos que a Rússia retire suas tropas e infraestrutura militar da fronteira ucraniana, pare de apoiar grupos separatistas armados e o fluxo de armas e mercenários através da fronteira e denuncie publicamente a violência separatista na Ucrânia.”

Uma porta-voz da chefe de Política Externa da União Europeia, Catherine Ashton, preferiu não comentar quando indagada se o gesto de Putin irá reduzir a probabilidade de sanções mais rígidas a serem discutidas em uma cúpula da UE em Bruxelas na sexta-feira.

A Casa Branca saudou o recuo de Putin, mas disse que deve haver “ações tangíveis” para arrefecer a crise.

 

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