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Obama diz que míssil partiu de um território dos rebeldes pró-Rússia

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Míssil atingiu um Boeing 777, da Malaysia Airlines, e 298 pessoas morreram. Por isso, presidente americano quer aplicar sanções extras contra a Rússia.

O presidente dos Estados Unidos disse que partiu de um território controlado por rebeldes pró-Rússia, no leste da Ucrânia, o míssil que derrubou o Boeing 777 que sobrevoava a área com quase 300 pessoas a bordo.

Barack Obama não acusou diretamente o governo de Moscou pela derrubada do avião, mas afirmou que Vladimir Putin tem o controle do fornecimento de armas pesadas para os rebeldes no leste da Ucrânia, junto à fronteira com a Rússia.

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O presidente Barack Obama não deixou dúvidas: afirmou que as evidências mostram que um míssil terra-ar, disparado da região da Ucrânia, controlada por separatistas pró-Rússia, atingiu o avião.

Obama disse ainda que os separatistas não seriam capazes de derrubar aviões militares ou civis sem a ajuda de fora já que o equipamento militar usado é considerado muito sofisticado.

Ele culpou a Rússia e acusou o país de constantemente ter violado a soberania da Ucrânia apoiando os separatistas.

Segundo a Casa Branca, Obama falou com a chefe de governo alemã, Angela Merkel, e o primeiro ministro britânico, David Cameron, sobre a adoção de sanções extras contra a Rússia.

ALERTA PARA A EUROPA

Para o presidente americano, a tragédia foi um sinal de alerta para a Europa, que, até agora, segundo ele, pouco fez para pressionar a Rússia a parar com as ações de apoio aos rebeldes na Ucrânia.

Discurso afinado com o de Samantha Power, a embaixadora americana nas Nações Unidas, que mais cedo lembrou que a comunidade internacional foi alertada para a necessidade de pressionar a Rússia.

Samantha Power ainda disse que não é possível descartar a participação de Moscou na queda do avião.

A Casa Branca pediu que seja decretado o cessar-fogo imediatamente na região para que os investigadores consigam trabalhar.

O presidente russo Vladimir Putin disse que todas as partes envolvidas no conflito deveriam decretar o cessar-fogo na região leste da Ucrânia e iniciar as negociações para o fim do conflito.

Segundo o departamento de Estado americano, a Ucrânia convidou a ONU, os Estados Unidos e a Europa para ajudar nas investigações. A Casa Branca vai enviar representantes do National Transportation Safety Board, que é a agência americana de segurança nos transportes, além de agentes do FBI para ajudar a encontrar pistas sobre quem disparou o míssil.

INVESTIGAÇÃO

As investigações estarão formalmente a cargo de uma organização internacional chamada ICAO, no Brasil conhecida como OACI (Organização da Aviação Civil Internacional).

Na prática, os principais investigadores serão do país fabricante do avião, do país dono do avião, e dos países que tiveram mortos.

A Malaysia Airlines já teria concordado em deixar os americanos tomando conta da investigação.

O primeiro grupo internacional independente chegou ao local da queda do avião apenas na sexta-feira (18). Eram 30 monitores e especialistas da OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa).

Corpos e objetos pessoais continuam espalhados pelo campo, na Vila de Gabrovo, no leste da Ucrânia.

A região é dominada por separatistas pró-Rússia que, depois de cerca de uma hora, expulsaram os monitores da OSCE com tiros de advertência.

O chefe da missão disse que os monitores tiveram que trabalhar muito rápido para determinar a segurança do local, o estado dos corpos e da fuselagem. Tudo isso será passado a governos e especialistas para definir como será a recuperação dos destroços numa área que ainda é muito perigosa.

Para complicar ainda mais as investigações, há relatos de moradores que recolheram pedaços do avião para guardar de lembrança.

Em Bruxelas, a Eurocontrol, que cuida do tráfego aéreo europeu, disse que uma investigação em segurança internacional já está em andamento. E que a responsabilidade de ter fechado totalmente o espaço aéreo era da Ucrânia.

Na data do desastre, a restrição era para voos de até 30 mil pés. O avião da Malaysia estava a 33 mil pés.

VÍTIMAS HOLANDESAS

Dos 298 mortos, 189 são holandeses. Os parentes de muitos deles vieram ao aeroporto de Amsterdã saber detalhes do incidente. Eles ficaram isolados em um hotel.

A Malaysia Airlines anunciou que prometeu levar os que quiserem ao local onde caiu o avião, mas alertou que é perigoso e difícil. Fica a 500 km da capital ucraniana e no meio de uma área controlada por separatistas.

Durante o dia, flores foram deixadas em uma área reservada pelo aeroporto para que as vítimas fossem homenageadas. Quem passou por ali assinou o livro de condolências. Muitos se emocionaram. Funcionários das empresas aéreas ficaram comovidos.

Um dos funcionários disse que quem trabalha em aviação conhece os riscos da profissão, mas o que aconteceu é uma loucura e isso tem que parar.

Na tarde de sexta (18), o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, elevou o tom. Ele disse que quer esclarecer todos os fatos e, se ficar claro que foi um ataque, ele pessoalmente vai garantir que todos os culpados sejam encontrados e punidos. Ele garantiu que antes disso não vai descansar.

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Fonte: Jornal da Globo

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