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‘Muita raiva’, diz esposa de holandês assassinado em veleiro no MA

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Ronald Wolbeek, 60, foi assassinado na Baía de São Marcos, em São Luís.Corpo está no Instituto Médico Legal (IML) e será liberado após autópsia.

A holandesa Maria Rawi, de 69 anos, esposa de Ronald François Wolbeek, 60, morto com um tiro dentro de um veleiro ancorado na Baía de São Marcos, em São Luís, disse, em entrevista ao G1 nesta segunda-feira (16), que sente raiva do que aconteceu e pede que as autoridades brasileiras olhem mais pelos turistas.

“Estou com raiva. Muita raiva. Louca de raiva. Apenas furiosa. Eu espero que a polícia e o governo olhem mais para pessoas como ele para que outros turistas estejam seguros. Ele trabalhou no barco durante 25 anos até agora. E agora ele se foi”, lamentou, emocionada.

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Rawi contou que os dois viajavam pelo mundo no veleiro e vieram parar em São Luís depois de ver fotos das praias do Maranhão. Segundo a holandesa, eles nunca passaram por nada parecido em países da Índia e da África, por exemplo, ou mesmo em outros lugares do litoral brasileiro.

“[Não houve perigo] em todos os lugares que eu estive… Em Natal, Jacarta, Cabo Verde, Marrocos, em todos os lugares… Quando estávamos na cidade, eu vi as fotos da areia e da água azul e um dia ele [perguntou], ‘você quer ver?’ e então nós viemos. E então iríamos para o Amazonas e então para a Guiana Francesa e então Suriname, mas agora acabou. Eu vou pra casa”, revelou.

A holandesa, que está hospedada na residência do dono de uma funerária de São Luís, disse que espera ir para casa após a polícia terminar as investigações. “[Vou embora] na próxima semana, quando a polícia terminar. Vou limpar o barco, tirar a comida e as roupas e dar para outras pessoas, porque ele viveu pelas pessoas”, finalizou Rawi.

Segundo informações da polícia, Maria Rawi prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e foi submetida a exames toxicológicos e residuográficos, que permitem comprovar se houve uso de substâncias proibidas ou de arma de fogo. O procedimento tem o objetivo de atestar o depoimento da viúva, única testemunha do crime até o momento.

O corpo de Ronald Wolbeek está no Instituto Médico Legal (IML). A polícia aguarda resultado de autópsia para liberar o corpo à família.

Investigações

Ronald François Wolbeek, 60, foi assassinado na madrugada de domingo (15), dentro de um veleiro que estava ancorado na Baía de São Marcos, em São Luís. Segundo a viúva, eles dormiam juntos quando ouviram disparar o alarme da embarcação e saíram para checar o local. Ainda de acordo com Rawi, três homens armados teriam invadido o barco e o marido discutiu com um deles, que o atingiu com um tiro no peito. Os homens fugiram sem levar nada.

Nesta segunda-feira (16), especialistas do Instituto de Criminalística (Icrim) e investigadores voltaram ao local do crime para ouvir depoimentos de turistas, pessoas que trabalham nas proximidades e moradores da região. Segundo a polícia, as entrevistas reforçam a possibilidade do crime ter resultado de uma tentativa de assalto.

Segundo o delegado Jeffrey Furtado, Ronald e Maria teriam sido alertados por pessoas da região via rádio sobre os riscos de ancorar na região, que é margeada por favelas. O casal teria ignorado os alertas por não entender bem o português.

“Estamos entrevistando as pessoas que estavam aqui presentes no momento e que viram o veleiro se aproximar da enseada. Conseguimos informações de que as pessoas teriam visto o barco chegando e, como essas pessoas sabem que o local é perigoso, onde já ocorreram outros crimes do tipo, eles tentaram, através do canal 16, avisar do perigo iminente. Eles não conseguiram entender o comunicado e ficaram ali até a noite, quando ocorreu o fato”, revelou Furtado.

O sistema de navegação da embarcação também foi submetido à perícia com o objetivo de descobrir a trajetória real feita pelo barco e testificar o depoimento da viúva. “A perícia do sistema de navegação será nosso ponto de partida, pois vai permitir saber o momento exato da ancoragem na baía, quando chegaram em São Luís e estabelecer relações para a investigação”, finalizou o delegado.

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Fonte: G1

 

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