Os ministros do interior Matthias Fekl e das regiões ultramarinas, Ericka Bareigts chegaram na Guiana Francesa com a missão de acalmar os ânimos e chegar a um acordo com os manifestantes.
O primeiro dia de negociações nesta quinta-feira, 30 de março, teve um começo difícil para os representantes do governo francês e o grupo que representa os grevistas conhecido como “500 irmãos”.
Primeiro os ministros deram um ultimato para que as barreiras que bloqueavam as vias de acesso a prefeitura fossem removidas para que um esquema de segurança fosse instalado em torno da prefeitura antes de iniciar quaisquer discussões com os ministros do governo que chegaram de Paris na quarta-feira. Os representantes do grupo “500 irmãos” e dos sindicatos exigiram inicialmente que a imprensa não participasse das negociações o que foi atendido pelos ministros franceses sob protesto do grande número de jornalistas e da mídia que aguardava com ansiedade para registrar as imagens dos primeiros momentos do encontro entre os grevistas e os ministros do governo francês. A imprensa teve que ser removida da prefeitura de Cayenne e as negociações ficaram paradas por um bom tempo enquanto uma multidão que se formou em frente a prefeitura aguardava por respostas.
Depois de mais de uma hora de discussão, as conversações foram suspensas e da varanda da Prefeitura, um dos porta-vozes dos “500 irmãos” dirigiu-se aos manifestantes com um megafone informando que as discussões estavam suspensas e a lista de exigências havia sido entregue aos ministros Matthias Fekl e Ericka Bareigts.
“Para ser eficiente, pedimos por respostas concretas e por escrito em todos os nossos pontos de reivindicações. As autoridades irão analisar e prometeram trazer-nos respostas na sexta-feira ou no máximo até sábado pela manhã. Depois disto, vamos analisar as propostas e, em seguida, vamos voltar para as negociações “, disse Davy Rimane que faz parte da comitiva que representa os manifestantes.
Apesar do inicio das negociações nesta quinta-feira a greve e a mobilização continuam e os manifestantes ainda mantem barreiras em vários pontos da capital Cayenne e também do interior. “As negociações já começaram, mas ainda não temos progressos concretos. A bola está no campo do governo”, disse o porta-voz dos grevistas que participou do primeiro encontro. Aqui no jornal LPM NEWS você acompanha passo a passo as informações sobre as manifestações e a greve geral que parou a Guiana Francesa.
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Foto: JODY AMIET / AFP
FONTE: Francetvinfo
