O Jornal LPM NEWS publica nesta sexta-feira, 7 de setembro, a última parte do periódico sobre “Política e Cidadania” de autoria do Sr. José Paulo Ribeiro.
Na terceira e última parte de sua exposição sobre política e cidadania, o colunista aborda o tema: “A POLÍTICA DECIDE O DESTINO DE TODOS”.
“Essa conversa de que política não se discute é bobagem. Política se discute sim, pois é por meio da política que as grandes questões são resolvidas, com ou sem a nossa participação”, afirma o colunista do jornal LPM NEWS.
Todas as conquistas do processo civilizatório foram produto de decisão política, inclusive a geração dos cinco direitos: os direitos civis; os direitos políticos; os direitos sociais, econômicos e culturais; os direitos difusos e coletivos; e os direitos bioéticos. Não é o excesso, mas a falta de política, na perspectiva do senso crítico e da participação cidadã, que tem levado à descrença nas instituições.
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Sem a política sempre irá prevalecer a lei do mais forte, o individualismo, o “salve-se quem puder”. E essa conversa de que política não se discute é bobagem. Política se discute sim, pois é por meio da política que as grandes questões são resolvidas, com ou sem a nossa participação. Participar, portanto, é fundamental, inclusive para que a decisão seja boa para todos. A política tem várias dimensões, sendo uma delas o exercício do poder no Estado.
Nesse quadro, é bem verdade que não pode ser ignorado que há muitos maus políticos que, pelos atos, levaram a uma aversão à política por muitos cidadãos. É bem verdade também que há enormes problemas com o processo de escolha dos candidatos a cargo eletivo público e há outros tantos graves problemas com as campanhas eleitorais, que transitam por caminhos nada democráticos ou éticos. Tudo isso é verdade e é por essas mesmas razões que a política precisa retornar ao meio social de onde saiu. Resgatar a participação política direta, colocar a vida social e coletiva como um dos mais importantes centros da política tornam-se vital, porque não há vida social sem política.
“Enquanto não inventarem outras formas de organização social, o Estado vai continuar existindo e fazendo uso pleno de seus três monopólios que, dependendo da visão de mundo de quem esteja à frente do aparelho de Estado, pode servir para incluir e proteger ou para excluir e perseguir”, esclarece o Sr. José Paulo Ribeiro.
O que se deseja com esse movimento de desqualificação da política e das instituições do Estado, portanto, é utilizar os recursos e os poderes do Estado para garantir contratos, proteger o direito de propriedade e honrar compromissos com credores, numa completa apropriação pelo mercado da agenda governamental e descaso com a opinião das camadas mais pobres da sociedade. Em lugar de utilizá-los também, para combater desigualdades e promover serviços públicos e programas sociais. Por tudo isso, não podemos negligenciar esse debate e, como cidadãos, devemos participar da construção desse processo nas cinco dimensões da cidadania: como eleitor, como contribuinte, como usuário de serviços públicos, como consumidor e como trabalhador.
Só com informação, formação, participação e consciência política podemos contribuir para evitar retrocessos e para aperfeiçoar o processo civilizatório e aprofundar as conquistas da humanidade, mediante a organização das pessoas. Para garantir o exercício pleno da cidadania, com o acesso aos direitos sociais (educação, trabalho, previdência, saúde, lazer, cultura etc.), aos direitos políticos (votar e ser votado) e aos direitos civis (liberdade de expressão, liberdade de ir e vir etc.), é preciso ter consciência cívica e clareza política, e isso requer educação política e participação. “Peço-lhes sobriedade, tolerância mútua, respeito à preferência política de cada um; em fim, a boa política. Participemos da política com autonomia e liberdade” apela o presidente do Conselho de Cidadãos Brasileiros no Suriname.
José Paulo Ribeiro – Zé Paulo, é Garimpeiro, Pastor, Conselheiro Representante de Brasileiros no Exterior – CRBE, e, no CBRE é Coordenador da Mesa 7 – Política e Cidadania, para biênio 2018-2020.
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