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Em experimento, nova droga contra obesidade danifica célula do pâncreas

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Liraglutida, que também trata diabetes, teve efeito colateral de longo prazo. Estudo foi feito nos EUA, com tecido humano implantado em camundongos.

A liraglutida, um medicamento usado contra a diabetes tipo 2 — recentemente aprovado também para tratar obesidade — pode ser prejudicial a longo prazo, sugere um experimento feito com camundongos. Mesmo após obterem melhora inicial, células do pâncreas apresentaram esgotamento após uso prolongado da droga.

A liraglutida funciona ao simular a ação do hormônio humano GLP-1, que estimula a liberação de insulina por células-beta do pâncreas. Essa insulina extra ajuda a regular os níveis de glicose no organismo, por isso a droga consegue controlar os sintomas da diabetes num período inicial.

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O uso a longo prazo, porém, pode fazer com que as células-beta sofram um esgotamento e percam a capacidade de produzir insulina — ao menos isso é o que mostrou o estudo com os roedores.

O efeito, segundo cientistas dos EUA e da Suécia que realizaram o experimento, surgiu após os camundongos serem submetidos a um tratamento de liraglutida por mais de oito meses — período de tempo grande para um animal que costuma viver cerca de dois anos.

Cobaias ‘humanizadas’
Como o sistema metabólico dos roedores é diferente dos humanos, porém, os cientistas usaram uma estratégia diferente para submetê-los ao experimento.

Para o estudo, os camundongos tiveram células-beta humanas implantadas junto a seus globos oculares, e foram essas as células avaliadas no estudo. No jargão biomédico, essa estratégia é chamada de uso de “cobaias humanizadas”.

Os pesquisadores acompanharam então os implantes nos animais. Depois um período inicial, as células demonstraram melhora de função sob o efeito da liraglutida, mas após seis meses começaram a se deteriorar, passando a produzir cada vez menos insulina.

O resultado do experimento foi descrito em estudo publicado na edição do mês passado da revista “Cell Metabolism”, assinado por pesquisadores da Universidade de Miami (EUA) e do Instituto Karolinska (Suécia).

Segundo os cientistas, o resultado do estudo é “preocupante”, mas ainda não permite dizer se o mesmo problema deve ocorrer com humanos em condições reais de tratamento pela droga.

“Precisamos levar em conta esses resultados antes de prescrever análogos do GLP-1 para suprimir glicose sanguínea quando planejamos regimes de tratamento de longo prazo para pacientes” afirma Per-Olof Beggren, do Instituto Karolinska, um dos líderes da pesquisa, em comunicado à imprensa.

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Fonte: Bem Estar

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