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Corpo de dançarina de funk morta no RJ é enterrado em Trindade, GO

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Familiares e amigos participaram da cerimônia; filha precisou ser amparada.Amanda Bueno, 29 anos, foi morta dentro de casa; noivo confessou crime.

O corpo da dançarina de funk goiana Amanda Bueno, de 29 anos, morta no Rio de Janeiro, foi enterrado às 17h deste domingo (19) no Cemitério Municipal de Trindade, na Região Metropolitana da capital. A cerimônia foi acompanhada por cerca de 40 pessoas, entre familiares e amigos, que pediram justiça. Filha da vítima, a estudante Emilly Cristina Sena, de 11 anos, chorava muito e precisou ser amparada pelos presentes. “Eu quero minha mãe”, dizia a garota.

A dançarina foi morta na última quinta-feira (16). O noivo da vítima, Milton Severiano Ribeiro, conhecido como Miltinho da Van, foi preso e confessou ter cometido o crime à polícia.

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Amanda, que na verdade se chama Cícera Alves Sena, morava no Rio de Janeiro há quatro anos, mas nasceu em Trindade. A família dela reside em Anápolis, a 55 km da capital, onde o corpo foi velado desde a manhã deste domingo (19).

Em seguida, por volta das 15 horas, o corpo foi levado para o cemitério onde já estão enterrados o pai e dois irmãos da dançarina. Um breve velório foi realizado no local e o caixão, que estava lacrado, foi aberto por apenas cinco minutos para que a filha de Amanda pudesse se despedir. Ela deixou a capela chorando e amparada por amigas. “Quero minha mãe de volta”, lamentou Emilly.

Durante o velório, a irmã da vítima, Valsirlândia Lopes Sena, disse que Amanda não falava muito sobre sua vida pessoal e que, por isso, a família não desconfiava de que ela tinha problemas com o noivo. “Eu não a via há seis meses. Ela não contava as coisas para não preocupar minha mãe”, disse.

Filha
A filha da dançarina contou que só acreditou na morte ao ver o caixão durante o velório.“Assisti ao vídeo, vi as fotos que tiraram, mas ainda não tinha acreditado. Meu mundo caiu”, disse ao G1, no momento em que chegou com parentes ao cemitério.

A menina disse que estava na expectativa pela visita da mãe neste final de semana, mas foi surpreendida com a notícia da morte dela, na quinta-feira. “Eu estava numa alegria na escola, falei para as minha amigas que elas iam conhecer a minha mãe. Ai, quando eu cheguei em casa vi minha avó e meu primo de 9 anos chorando, dai ele me contou, eu desmaiei, fui parar no hospital”, se recorda Emilly.

Apesar da distância, Emilly diz que Amanda era uma mãe presente e falava todos os dias com a filha. “Vou sentir falta do jeito que ela me chamava de princesa, das brincadeiras com as bonecas. Ela era muito carinhosa, vou sentir falta de tudo”, lamenta.

Órfã de pai há cinco meses, a estudante continuará morando com a avó. “Perdi meu pai e agora a minha mãe. Não sei como vai ser daqui pra frente”, diz.

Crime
O crime ocorreu na casa onde Amanda morava com o noivo, na região da Posse, em Nova Iguaçu. Segundo a polícia, no vídeo que mostra o homicídio, é possível ver que Miltinho pegou a vítima pelo pescoço, bateu com a cabeça dela 11 vezes em uma pedra do jardim e deu 10 coronhadas na cabeça dela. Em seguida, entrou em casa, vestiu o colete à prova de balas e se armou com um revólver, três pistolas e uma espingarda calibre 12. Ao passar pelo corpo, deu tiros com a pistola e com a espingarda no rosto da vítima.

Após a morte, Miltinho saiu, rendeu dois homens e roubou um carro, mas foi preso logo depois do crime, ao capotar durante fuga da polícia. Quatro armas, incluindo uma escopeta semelhante à que aparece no vídeo, foram encontradas no veículo.

Para o delegado Fábio Cardoso, Divisão de Homicídios da Baixada, o crime pode ter sido motivado por ciúmes. Miltinho teria almoçado com uma ex-namorada que, no dia do crime, ligou para Amanda para provocá-la. A ligação teria gerado uma briga e o noivo saiu de casa. Mais tarde, ele teria voltado cambaleando.

Após ser preso, Miltinho admitiu o assassinato, segundo afirmou o advogado Hugo Assumpção. O defensor destacou que ele alegou ter sofrido um “surto” e que está arrependido do crime. Em depoimento, no entanto, ele se reservou o direito de ficar calado, conforme esclareceu o delegado Fábio Raboso, responsável pelas investigações.

A polícia ainda apura de o suspeito tem ligação com milícias na região da Baixada Fluminense. “Diante do que a gente viu nesse crime, verificando o poderio financeiro dele, com veículos muito caros, a posse de um verdadeiro arsenal, com armas de grosso calibre e farta munição, somado ao fato dele estar envolvido com exploração do transporte clandestino na cidade e considerando essa violência desmedida com uma pessoa com quem ele vivia, tudo indica que ele pode ter envolvimento com grupos criminosos que atuam naquela região”, disse o delegado.

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Fonte: G1

 

 

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