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China, Indonésia e Etiópia suspendem utilização do Boeing 737 MAX 8 após acidente

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Boeing informou que 350 aeronaves desse modelo são operadas por cerca de 50 companhias no mundo. Queda de avião neste domingo deixou 157 mortos na Etiópia.

As autoridades de aviação da China e da Indonésia ordenaram que as companhias aéreas suspendessem a utilização dos aviões Boeing 737 Max 8 depois que um modelo desses caiu na Etiópia, matando todas as 157 pessoas a bordo.

A companhia Ethiopian Airlines (empresa etíope proprietária da aeronave que se acidentou no domingo) e Cayman Airways (das Ilhas Cayman) também anunciaram que interromperam a utilização desse modelo após a queda da aeronave perto da cidade de Bishoftu, 62 km a sudeste da capital etíope, Adis Abeba.

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A Boeing informou  que 350 aeronaves desse modelo são operadas por cerca de 50 operadoras no mundo.

No Brasil, apenas a Gol possui aviões da Boeing modelo 737 MAX 8 e opera com sete deles em rotas para os Estados Unidos, América do Sul e Caribe, preferencialmente. A empresa disse ao Bom Dia Brasil que acompanha as investigações sobre o acidente e que, por enquanto, não cogita a suspensão de voos.

Outras empresas, porém, operam esse modelo em rotas que incluem o Brasil, como a Aerolíneas Argentinas, por exemplo, de acordo com a Boeing.

A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (Anac) informou que acompanha as investigações. A agência emitiu um relatório de avaliação operacional próprio para avaliar exclusivamente as condições técnicas e operacionais desse modelo e suas variantes.

Foi o segundo acidente em 5 meses com este modelo, que é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo. No fim de outubro de 2018, 189 pessoas morreram em um voo da indonésia Lion Air.

Após a queda do 737 MAX 8 na Indonésia, a comunidade aeronáutica passou a questionar a falta de informação das companhias e dos pilotos sobre seu novo sistema de aviso de entrada em perda de sustentação, informa a agência AFP.

A Boeing informou que uma equipe técnica irá ao local do acidente para fornecer assistência técnica sob a direção do Departamento de Investigação de Acidentes da Etiópia e do Departamento Nacional de Segurança dos Transportes dos EUA.

China

A Administração de Aviação Civil da China disse que ordenou às companhias aéreas que pousassem todas as aeronaves 737 Max 8 a partir das 18h desta segunda-feira no horário local (7h, no horário de Brasília), obedecendo o princípio de “tolerância zero para riscos de segurança”.

A Administração da Aviação Civil da China informou em comunicado que avisaria as companhias quando os voos poderiam ser retomados. De acordo com o órgão, será necessário entrar em contato com a Boeing para obter mais informações.

“Dado que os dois acidentes envolveram dois modelos Boeing 737 MAX 8 entregues recentemente e que ocorreram durante a fase de decolagem, há algum grau de semelhança”, afirmou Administração da Aviação Civil da China.

Segundo a AO, a China Southern Airlines é um dos maiores clientes da Boeing para esse modelo de aeronave.

Indonésia

A diretora geral de transporte aéreo da Indonésia, Polana B. Pramesti, disse que a determinação para os aviões do modelo 737 Max 8 não decolassem para que fossem inspecionados foi tomada para garantir a segurança e garantir que as aeronaves estejam em boas condições de vôo.

Atualmente, a Indonésia tem 11 aviões desse modelo. Dez deles são operados pela Lion Air e um pela companhia aérea nacional Garuda.

Etiópia

Um porta-voz da Ethiopian Airlines, Asrat Begashaw, disse que a companhia aérea suspendeu a utilização dos seus quatro aviões 737 Max 8 até novo aviso como uma “precaução extra de segurança”, segundo a Associated Press. A companhia aérea utiliza cinco aviões novos desse modelo e aguardava a entrega de mais 25.

Avião novo

O Boeing 737 MAX 8 caiu no domingo (10) perto da cidade de Bishoftu, 62 km a sudeste de Adis Abeba, logo após decolar.

“O piloto mencionou que teve dificuldades e que queria voltar [a Adis Abeba]”, afirmou o presidente da companhia aérea, Tewolde GebreMariam Medhin. Os controladores, então, “autorizaram-no” a dar meia-volta e retornar.

“Nós recebemos o avião em 15 de novembro de 2018. Ele voou mais de 1,2 mil horas. Havia voado de Joanesburgo [na África do Sul] mais cedo esta manhã”, afirmou o CEO da Ethiopian Airlines. O piloto tinha mais de 8 mil horas de voo, segundo autoridades da companhia em coletiva.

“Como eu disse, é um avião novo em folha, sem registros de problemas técnicos, comandado por um piloto sênior, e não há nenhuma causa à qual possamos atribuir [o acidente] neste momento”, disse o presidente da empresa aérea.

As caixas-pretas do avião foram encontradas, informou a companhia Ethiopian Airlines nesta segunda-feira (11). Os gravadores de dados de voo digital e de voz da cabine podem ajudar a esclarecer a tragédia.

O avião levava 149 passageiros e 8 tripulantes. Segundo lista divulgada pela companhia, havia passageiros de mais de 30 nacionalidades diferentes. Havia quenianos, etíopes, norte-americanos, canadenses, franceses, chineses, egípcios, suecos, britânicos, holandeses, indianos, eslovacos, austríacos, suecos, russos, marroquinos, espanhóis, poloneses e israelenses.

Boeing lamentou a tragédia

“É com profunda tristeza que a Boeing recebe a notícia da morte dos passageiros e tripulantes do voo 302 da Ethiopian Airlines, a bordo de um Boeing MAX 8. Oferecemos nossas condolências às famílias e amigos dos passageiros e tripulantes e estamos à disposição para apoiar a equipe da Ethiopian Airlines. Uma equipe técnica da Boeing irá ao local do acidente para fornecer assistência técnica sob a direção do Departamento de Investigação de Acidentes da Etiópia e do Departamento Nacional de Segurança dos Transportes dos EUA”.

Fonte: G1

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