Um julgamento de um casal, e a posterior condenação deles, pôs fim a um crime brutal que chocou a Irlanda do Norte: uma mulher, que teria deficiência mental, foi mantida presa em um cativeiro por oito anos e transformada em escrava sexual da dupla.
O caso bárbaro ocorreu no condado de Armagh, na Irlanda. A vítima foi mantida em um quarto escuro, sem janelas, sem luzes ou roupas de cama. No local, havia apenas uma cama pequena, um colchão, almofadas sujas e uma lixeira.
A vítima foi sequestrada pelos irlandeses Keith Baker, de 61 anos, e a mulher dele, Caroline, de 54 anos. A mulher era obrigada a fazer sexo com o casal e, muitas vezes, as relações eram filmadas por um câmera instalada no teto do quarto.
A mulher só foi encontrada e resgatada após a denúncia de Mandy Highfield, que foi companheira do sequestrador e é também mãe de quatro dos oito filhos deles (os outros quatro são filhos de Caroline, a outra condenada).
Mandy era a “segunda esposa” do sequestrador e vivia na mesma casa que os criminosos. Ela presenciava a situação deplorável da vítima e manteve silêncio por um longo período. Mas, sem aguentar o segredo do crime bárbaro, acabou denunciando o casal.
Quando os policiais e uma assistente social chegaram ao cativeiro, a mulher não queria sair porque estava muito assustada. “Você tem que ir, não pode mais viver assim”, teria dito Mandy à vítima.
A mulher resgatada estava desnutrida, pesando apenas 38 quilos e tinha apenas um dente na boca. Ela também foi diagnosticada com uma deficiência na capacidade de aprendizagem.
Segundo investigações da polícia, a vítima foi traficada da Inglaterra para Irlanda do Norte em 2004. O marido dela havia informado o desaparecimento à polícia do condado de Suffolk, no leste da Inglaterra, onde eles moravam.
Apesar da denúncia, a polícia parou de procurar pela mulher porque, em março de 2004, as autoridades teriam recebido uma suposta ligação da vítima, afirmando que ela não estava sumida, mas sim passando férias com um amigo.
JULGAMENTO
O casal Baker se declarou culpado por uma série de crimes. Keith chorou durante o julgamento, enquanto os jurados assistiam a vídeos com cenas de abusos cometidos. A mulher dele, Caroline, ficou de cabeça baixa durante toda a sessão.
Ele foi condenado a 15 anos de prisão e outros 5 de liberdade condicional. Ela recebeu uma pena de 18 meses de prisão e outros 18 de liberdade condicional.
George Clarke, chefe da unidade de proteção pública da polícia da Irlanda do Norte, classificou o crime como o “o mais depravado e terrível crime” que ele já viu.
Fonte: Dol
