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Bombeiros passam a usar máscaras por causa do mau cheiro dos corpos em decomposição em Brumadinho

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Operação acontece no Córrego do Feijão, em MG, onde rompimento de barragem da Vale provocou tragédia que deixou ao menos 84 mortos.

Os bombeiros que participam das buscas às vítimas da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho passaram a usar máscaras nesta quarta-feira (30) no trabalho de resgate. O mau cheiro forte dos corpos em decomposição já atrai dezenas de urubus para a região da Mina Córrego do Feijão.

De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, as máscaras de proteção têm dupla função: evitar a inalação de resíduos tóxicos e dos equipamentos que os bombeiros utilizam nas buscas e, também, que os soldados sintam o mau cheiro tão intensamente.

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O porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, comentou o aumento das dificuldades do trabalho. “Em primeiro lugar, é bem impactante. Pela força da lama, muitas vezes não é possível encontrar o corpo íntegro. Muitas vezes são localizados segmentos de corpos”, afirmou.

Segundo ele, o fato de o ambiente estar “tomado de lama” torna difícil “identificar o que é um corpo, o que pode ser matéria orgânica de um animal”.

“Às vezes, na busca visual no sobrevoo, como a gente tem aquele tom todo monocromático, isso também prejudica. Por isso que a gente utilizou uma série de equipamentos específicos. Os corpos que estavam no nível superficial – já foi feito o trabalho de recuperação deles. Agora entra numa característica mais técnica da operação, que a gente precisa fazer várias escavações.”

Cansaço dos bombeiros

O tenente Pedro Aihara destacou, ainda, que os militares estão sendo submetidos a um rodízio para que possam descansar.

“Os militares não estão há seis dias ininterruptos. Estão numa lógica de rodízio, mas evidente que pelo tipo de operação e pela demanda que a gente tem é um serviço extenuante. Têm circulado vídeos que mostram o cansaço físico e a exaustão, mas isso é inerente à nossa própria atividade. Ao final de uma operação como essa, nós saímos desgastados física e psicologicamente, mas pra tudo isso é feito um acompanhamento”, disse ele.

“A abnegação desses profissionais demonstra muito o esforço e a preocupação que a gente tem de trazer esses corpos da maneira mais respeitosa e rápida possível”, completou Aihara.

(*) Com informações de Henrique Coelho

Fonte: G1

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